quinta-feira, 9 de junho de 2011

Brígida Baltar

Baltar, Brígida 
A Coleta da Neblina , 1998 
fotografia 
63 x 94 cm
71 x 102,3 x 5 cm [moldura] 
Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP) 
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural






Baltar, Brígida 
A Coleta da Neblina , 2002
fotografia
63 x 94 cm
71 x 102,3 x 5 cm [moldura]
Acervo Banco Itaú S.A. (São Paulo, SP)
Reprodução fotográfica Sérgio Guerini/Itaú Cultural






Comentário Crítico


A obra de Brígida Baltar parte freqüentemente de ações da própria artista, captadas em fotografias ou em curtos filmes silenciosos. No projeto Umidades, desenvolvido entre 1994 e 2001, coleta, em recipientes de vidro, elementos naturais, transitórios e efêmeros, como a neblina, o orvalho e a maresia, em excursões que realiza, por exemplo, à Serra das Araras ou à Serra dos Órgãos, no Rio de Janeiro. Para o crítico Moacir dos Anjos, nessas coletas a artista explora a memória e a afetividade geradas no evento, como as lembranças de odores, da temperatura, dos sons e mesmo de sentimentos, como prazer, medo ou melancolia. Entretanto, para o espectador que conhece apenas as imagens fotográficas geradas por esses procedimentos, essas ações parecem realizar-se fora do espaço e do tempo, inseridas em uma atmosfera de sonho.
O universo feminino e da intimidade doméstica também estão presentes na obra de Brígida Baltar, que inicialmente utiliza materiais retirados da sua própria casa, como tijolos, saibro, poeira e cascas de tinta. Em 2001, apresenta, na 25ª Bienal Internacional de São Paulo, a obra Casa da Abelha, inspirada no universo desses insetos, composta por fotografias, vídeos, desenhos e alguns escritos, retratando a si própria com uma roupa confeccionada para o trabalho, baseada no traçado de uma colméia.

capturado em...

Disciplina poéticas Urbanas

para ouvir silêncios entupidos...