sexta-feira, 20 de agosto de 2010

percurso

Neste percurso, com um olhar mais atento, podemos ter uma visão dos diversos trabalhos artísticos encontrados no interior de uma cidade cidade (Goiânia - GO). Na Marginal Botafogo é evidente alguns trabalhos artísticos (Grafite) feitos nos diversos viadutos, que trouxeram um novo visual para a cidade, um novo diálogo, que constrasta com a pichação em uma infinidade de lugares e prédios públicos.
Outros diálogos artísticos notamos com os ditos "artístas de rua", aqueles que ficam nos semáforos para conseguir alguma grana com seu trabalho, não são poucos, e realizam um trabalho muito bom, com vestimentas próprias e técnicas muito bem elaboradas, fazem um show de poucos segundos, o mesmo tempo do show é também o tempo de valorização que recebem pelo trabalho.

sábado, 14 de agosto de 2010

Texto Reflexivo - Criatividade nas Artes Plásticas


Gênio criativo / Trabalho

        A valorização do artista se dá em função da arte em cada sociedade. O artista permaneceu por longo tempo no anonimato praticando uma arte que apenas servia a um determinado fim, como os preceitos religiosos. Na era moderna, o artista passou a ser considerado um gênio, portador de habilidades e talentos quase divinos e durante o Renascimento alcançou uma supervalorização com o advento do capitalismo comercial.
        A Revolução Industrial e o trabalho geraram uma nova divisão social sendo que o trabalho tornou-se o novo valor cultural causando o empobrecimento da dimensão humana. Para Hana Arendt a relação entre arte e trabalho possui três características relevantes: o labor, a ação e o trabalho. O labor é movimento repetitivo, mecânico que se faz em busca do essencial para a sobrevivência, a ação é efêmera, depende da interação social, da política e o trabalho é a criatividade, durabilidade.
        Arendt destaca a criatividade como definidora do conceito de trabalho em geral. Ostrower considera a degradação do trabalho no mundo moderno, sem criatividade, a arte fica responsável por uma super criatividade, deformante, sem delimitações. A arte tem a função de manter viva a identidade e a memória da sociedade.
        Atualmente, as máquinas inventadas pelo homem faber facilitam o desenvolvimento do trabalho, diminuem o tempo de execução das atividades, desta forma deveria sobrar tempo para o homem exercer sua criatividade, mas infelizmente ocorre uma alienação provocada pela sociedade extremamente consumista e o artista é único indivíduo presente na sociedade que é extremamente genuíno, e em conflito com essa sociedade massificada dá o seu grito subversivo através da arte.
        Isso nos leva a questão do que vem a ser Arte? Quando uma obra dever ser considera Arte? É necessário levar em consideração o contexto histórico para se determinar uma obra de arte? Cada sociedade a seu tempo determinou conceitos para Arte de acordo com a função que ela exercia na sociedade. Hoje, embora vivamos em um mundo com arte pra todo lado, as pessoas não tem percepção disso e ela é banalizada e relegada a espaços onde uma minoria a aprecia. Para a maioria das pessoas, apreciar obras de Arte é muito complicado, pois não se entende o que o artista quer dizer. O quadro da Mona Lisa é uma obra que todos sabem ser uma obra de arte, porém ninguém entende porquê, visto que não atende aos padrões de beleza que encontramos na sociedade.
        Então, em uma sociedade massificada, consumista, onde a utilidade dos bens de consumo possui pequena durabilidade e o homem vive apressado correndo atrás do seu labor é quase impossível conceituar arte e entendemos que a seu respeito não existem verdades supremas acabadas, mas apenas a criatividade humana em determinados períodos de sua existência.

Vídeo Atelier de Poéticas Contemporâneas

Vídeo pólo de catalão: temática sobre a morte

Título: “Trabalho: produção de vídeo”




poema de William Shakespeare

SONETO LXV

Se a morte predomina na bravura

Do bronze, pedra, terra e imenso mar,

Pode sobreviver a formosura,

Tendo da flor a força a devastar?

Como pode o aroma do verão

Deter o forte assédio destes dias,

Se portas de aço e duras rochas não

Podem vencer do Tempo a tirania?

Onde ocultar - meditação atroz -

O ouro que o Tempo quer em sua arca?

Que mão pode deter seu pé veloz,

Ou que beleza o Tempo não demarca?

Nenhuma! A menos que este meu amor

Em negra tinta guarde o seu fulgor.


O vídeo traz uma seqüência de filmagens que começa no portão de entrada do cemitério, sugerindo o início de uma nova “vida” que para todos é inevitável, a filmagem segue no interior do cemitério focalizando os vários jazigos. As imagens são complementadas com um poema sobre a morte.

O poema de Shakespeare nos mostra uma realidade sobre a temática da morte, a decadência inevitável que o tempo não deixa esconder. Nesse sentido é bem apropriado com a temática do vídeo que também evidencia a morte como um acontecimento inevitável.



Capturado em 13/08: http://www.pensador.info/poemas_de_morte/